Micheline Macêdo, 47 anos, artesã, gerente em um espaço de comercialização de utensílios de madeira no centro da cidade de Guanambi, ela também divide o tempo com os estudos no curso de Design de Interiores, mas a grande paixão mesmo é por máquinas de costura. Quando criança Micheline produzia as roupas das bonecas, para ela o processo de criação é muito satisfatório.
Benedita Macêdo, apelidada de Dita, 72 anos, também é artesã, e companheira de todos os dias da Micheline, de toda vida. As duas trabalham juntas no mesmo espaço e produzem diversas peças e bordados (ponto cruz, macramê, vagonite, outros). A mãe da Dita costurava ternos para os casamentos da época, mas elas não tiveram a oportunidade de conviver por muito tempo, quando Dita tinha 4 anos de idade a mãe faleceu.
Para Micheline costurar “tá no sangue”, é um gosto de diferentes gerações da família. Quando chega o mês de abril elas se se organizam para produzirem toalhas com frases bordadas para homenagem do dia das mães, data especial que tem tudo a ver com o amor e a união das duas.
“O trabalho com minha mãe aqui é maravilhoso, a gente fica o tempo todo unidas fazendo uma coisa que ela também gosta, já que ela é artista do mesmo jeito, gosta da arte do mesmo jeitinho que eu”, contou Micheline. Elas afirmam não terem gostos parecidos para a pintura, Dita adora releituras de telas com temas sobre a natureza e religiosidade, já a filha prefere dedicar-se aos bordados e às máquinas.
Elas integram o grupo Art Nossa Artesanatos, são exemplos da cooperação e da união presente na Economia Solidária. O grupo é assessorado pelo Centro Público de Economia Solidária (Cesol) Sertão Produtivo, que é resultado de uma política pública do Governo do Estado, através da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).