No último dia (28) aconteceu o II Seminário Cidades Solidárias, esteve no foco das discussões a importância da municipalização das políticas públicas de Economia Solidária para o desenvolvimento local e territorial. O evento foi organizado pelo Centro Público de Economia Solidária (Cesol) Sertão Produtivo e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano (IDSB), responsável por gerir o Cesol Sertão Produtivo, que é fruto de uma política pública do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).
O II Seminário Cidades Solidárias teve excelente adesão, aprovação e repercussão não apenas no território de identidade Sertão Produtivo, mas em todo Brasil, com destaque no jornal A Tarde, um dos jornais de maior relevância do país. O evento aconteceu através do Google Meet e foi transmitido pelo Facebook, contou com participações de gestores públicos, instituições, movimentos sindicais dos municípios do Sertão Produtivo. Além da participação de pessoas compromissadas com a Economia Solidária em âmbito nacional, dos estados da Paraíba, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, que enriqueceram as discussões durante o evento.
Jairo Santos, Secretário Executivo da Rede Nacional de Gestores Públicos de Economia Solidária, foi um dos palestrantes da noite e abordou sobre a necessidade de implantação das políticas públicas de Economia Solidária nos municípios para promoção e fortalecimento da economia local. Para Jairo, “[...] o Centro Público e o IDSB foram assertivos na realização deste evento, por estar no início das novas gestões municipais, então existe uma caminhada a ser feita para convencimento dos gestores públicos da importância de implantar a Economia Solidária...”, destacou Jairo.
Na fala de Maria Penha, Gestora de Inclusão Produtiva e Economia Solidária da Prefeitura de Joinville no estado de Santa Catarina, destacou sobre a descentralização e prestou orientações com informações que contribuirão para os gestores promoverem iniciativas da Economia Solidária nos municípios. Já Ana Patrícia, Coordenadora de Economia Solidária da Prefeitura de Araraquara no estado de São Paulo, enfatizou a necessidade de compartilhar experiências que geram transformações nos municípios.
O Cesol Sertão Produtivo e o IDSB conhecem o potencial do território e acreditam que as políticas públicas de Economia Solidária são capazes de transformar as pessoas e o mundo. Em 2020, o Centro Público iniciou esse processo para tornar solidário o território Sertão Produtivo. Para Eduardo Moraes, Presidente do IDSB, a realização desse evento é vitorioso por ser “o primeiro do país, confirma que “sonho sonhado junto, torna-se realidade”, as presenças de prefeitos, vereadores (as), servidores públicos de 15 dos 20 municípios do território, mais militantes da Economia Solidária de outras partes do Brasil, nos faz ver que hoje já colhemos os primeiros frutos desse trabalho...”, ressaltou Eduardo Moraes, otimista com o evento.
Outra motivação, para Eduardo Moraes, tem sido a aprovação das primeiras Leis da Economia Solidária em prefeituras do território, esses resultados dão ânimo para seguir em frente realizando o trabalho com determinação ao visualizar de perto as mudanças promovidas pelos gestores públicos conscientes que a Economia Solidária é o caminho para os municípios se tornarem mais prósperos e o povo feliz.
Para Leiliane Aranha, Coordenadora Geral do Cesol Sertão Produtivo, promover diálogos que incentivam a geração de renda no cenário atual de crise econômica é de extrema relevância. “Cada ação realizada para promover o desenvolvimento dos municípios do nosso Território é importante, porque dialoga sobre a geração de renda em um momento de grande declínio da economia. Assim com a realização do II Seminário Virtual de Economia Solidária, O IDSB e Cesol Sertão Produtivo continuará realizando diálogos importantes sobre a política pública de Economia Solidária e as vantagens que ela traz para o desenvolvimento dos municípios e Estado”, pontuou a Coordenadora vislumbrando eventos futuros que continuarão pautando a relevância da Economia Solidária para o território Sertão Produtivo.