A data foi criada em 2009 para homenagear Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, que foram assassinados em 28 de janeiro de 2004 durante inspeção para apurar denúncias de trabalho escravo em fazendas da região de Unaí (MG), episódio que ficou conhecido como Chacina de Unaí.
Conforme dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), estima-se que ainda existem pelo menos 27 milhões de escravos e escravas em todo o mundo. A escravidão contemporânea atinge homens, mulheres e crianças de todas as cores, e tem sido praticada tanto no campo quanto na cidade. Todo trabalho forçado, de jornada exaustiva, servidão por dívidas, condições indignas ao ser humano, normalmente controladas mediante a fraude ou ameaça e violência à integridade física, à liberdade e/ou à vida, caracterizam uma situação de trabalho em condições análogas à de escravidão.
No Brasil, desde 2003, mais de 40 mil trabalhadores foram retirados de condições análogas à de escravidão.
Em 2018 foram encontrados 1.723 trabalhadores em condições análogas às de escravo. A Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), ligada ao Ministério da Economia, fez um levantamento onde revela que 1.200 dos trabalhadores foram encontrados no meio rural e 523 na área urbana. Esses números representam um aumento de 267% em relação a 2017, quando houve 645 resgates.
Isso só nos mostra que o trabalho escravo no Brasil está mais presente do que a gente imagina.
Ligue: 100, denuncie!
Fonte: Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul e Procuradoria-Geral do Trabalho