Os produtos Acroá, do grupo Sabores da Bahia, estão sempre presentes em feiras e eventos no nosso Estado e a marca já é bastante conhecida. Mas, você sabe, por exemplo o porquê do nome e os desafios que o pessoal de Urandi encontrou para fortalecer o empreendimento? Pois então, “senta que lá vem história”!
Seu Joaquim Aranha foi o fundador. Ele participou de um encontro estadual sobre agricultura familiar e economia solidária e sentiu-se na missão de envolver, motivar as famílias da localidade, oferecendo novas perspectivas à população. Buscou ajuda e foi orientado por especialistas a aproveitar as frutas nativas da Caatinga.
Cerca de 8 famílias “embarcaram” na ideia, na época, em meados de 2007. Começaram com o umbu, produzindo polpas e doces. Mas, logo se depararam com o desafio de não ter dinheiro para investir. Fizeram bingos e rifas para comprar os materiais necessários, saíram pelo comércio, apresentando os produtos e correram atrás de apoio.
Aos poucos, os auxílios começaram a chegar, principalmente por iniciativas do governo, e o grupo foi se consolidando. Hoje, são mais de 20 famílias envolvidas, trabalhando incansavelmente na unidade de beneficiamento que conquistaram. Fruto de muita esforço e dedicação!
A produção, claro, aumentou! A expectativa é que, entre 2020/2021, 10 mil quilos de polpa sejam produzidos. E olha, a variedade também cresceu: Além das polpas e doces de umbu, têm geleias e bebidas de outros sabores: goiaba, maracujá do mato, tamarindo! É a força de vontade e criatividade de um povo que honra seus antepassados: os índios Acroás que ali moraram e tanto abençoaram aquelas terras. O nome é uma homenagem à eles!
O grupo Sabores da Bahia é assessorado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, desde 2015, por meio do Cesol sertão Produtivo e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano. Nosso desejo é que mais produtores se unam à cooperativa e que os produtos cheguem ainda mais longe, fortalecendo esse modelo de comercialização em equilíbrio com a natureza.