Jocelma Reis, a palestrante
“Cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, economicamente organizada de forma democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um de seus cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos”. Essa é a definição da Lei 5.764/1971, que definiu o regime jurídico das cooperativas; e também esse foi o assunto discutido na palestra organizada na manhã de hoje pelo Cesol Sertão Produtivo.
O evento, realizado no Centro de Agroecologia do Semiárido (CASA), em Guanambi, contou a participação dos empreendimentos assessorados pelo centro, sua equipe, além da diretoria do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano (IDSB), representados por Eduardo Moraes, presidente, e Wilde Soares, diretora financeira; bem como Jocelma Reis e Karine Grisi, consultoras do Sebrae e Link Consultoria, de Vitória da Conquista.
Na oportunidade, foram discutidos, além do conceito, o funcionamento, as vantagens e a viabilidade das cooperativas, que, inclusive, foi questionada por alguns representantes. A palestrante Jocelma Reis ainda ressaltou as demais leis que normatizam esse setor. Em 2002, as cooperativas foram inseridas no Código Civil, pela Lei 10.406. Já em 2015, o Governo regularizou o repasse de recursos, por meio da Lei 13.204.
Representante de empreendimento em questionamento
Em sua fala, Jocelma lembrou que cooperativa é empresa social e paga impostos; e antes de montá-la, é muito importante que o associativismo seja bem fortalecido, para que ela siga sem dúvidas sobre o seu futuro. Para que tudo dê certo, os cooperados devem estar todos no mesmo barco, confiando uns nos outros. Pois toda a produção de cada um deve ser entregue à cooperativa, visando e acreditando no crescimento. E por isso, devido à coletividade e seus princípios democráticos, é necessário o respeito pelas decisões da maioria.
Para Juliana Martins, representante do empreendimento Sabores da Bahia, de Urandi, a palestra foi muito gratificante. “É necessário ter essa formação continuada. Porque os empreendimentos da nossa região precisam sempre se informar para seguir em frente. E o Cesol veio para ajudar muito os empreendimentos. Essa palestra sobre cooperativismo só vem a contribuir para que eles tenham uma direção se querem criar uma cooperativa singular ou uma central de cooperativas, com as vantagens e desvantagens para potencializar a comercialização”, disse.
Assim, Jocelma Reis concluiu ao falar sobre a importância do cooperativismo para economia solidária. “Vocês conhecem aquela frase ‘juntos somos fortes’. É uma frase muito popular, mas é exatamente isso. Para que o pequeno produtor possa se fortalecer e ser competitivo no mercado, ele precisa se organizar. Ele se organiza em forma de cooperativa, que é uma forma de escoar sua produção e atender às necessidades do mercado”.