Turma em Caetité
A Capacitação de Trabalhadores Domésticos, iniciada em há um mês, está sendo bem aproveitada pelos alunos. Eles estão realmente dispostos a aprender novos conteúdos. São assuntos que podem até ser encontrados, facilmente, em uma breve pesquisa na internet, mas as turmas ainda não haviam tido a oportunidade de que alguém os explicasse a importância, incentivando assim o aprendizado. Esta foi nossa constatação ao visitar, em 18 de outubro, as salas onde estão acontecendo o curso em Caetité e Guanambi.
“Tinha coisa que eu não sabia que existia esse direito, e também deveres. São pequenos detalhes que fazem com que a gente se conscientize de como trabalhar, de se tornar um profissional capacitado, através do curso”, disse Jaine dos Santos, aluna de Guanambi. Para ela, as aulas são uma oportunidade única, já que a maioria dos colegas não tem condições para custear uma capacitação na rede privada. Contudo, o fundamental é conseguir um emprego fixo, “trabalho fazendo faxina. Não é uma coisa certa. E com o curso eu tenho a possibilidade de entrar no mercado de trabalho de uma forma fixa, de carteira assinada”, disse.
Jaine dos Santos
Nessas cidades, a capacitação está acontecendo a noite e, apesar de possíveis imprevistos do dia a dia, encontramos as salas cheias. São uma em Caetité, e duas em Guanambi. Na ocasião, a diretoria do Instituto Desenvolvimento Sustentável Baiano (IDSB), Wilde Soares, teve uma breve conversa com as turmas. Em sua fala abordou sobre a seriedade deste projeto, promovido pelo governo da Bahia, Agenda Bahia do Trabalho Descente, por meio da Secretaria do Trabalho Emprego Renda e Esporte (SETRE), com recursos do FUNTRAD, Fundo do Trabalho Denscente, executado pelo IDSB. Soares também discursou sobre a importância do curso no mercado de trabalho, pois um certificado concedido pelo governo é válido em todo o país.
Turma em Guanambi
Em seguida, os alunos expuseram suas opiniões sobre o curso. Todos esperam, em breve, um trabalho decente. “Achei muito interessante o curso, a gente desenvolve e aprende mais. Espero portas abertas e sucesso”, informou a esperançosa Jean Oliveira. Já a Flávia de Brito, lembrou do preconceito que a profissão sempre sofreu, “eu já trabalhei muito em casa de família… E os serviços domésticos foram sempre vistos com maus olhos e agora ele está sendo valorizado, e esse curso vem para qualificar”, concluiu.