Recentemente o Cesol Sertão Produtivo visitou alguns empreendimentos. Para nosso contentamento, pudemos ver que nossa assessoria tem sido assertiva, trazendo bons frutos e melhorias. Como é o caso da Associação das Mulheres Camponesas da Agricultura Familiar e Solidária (AMCAFS), no município de Palmas de Monte Alto, que produz biscoitos de tapioca e bolos.
A associação participou do Edital 13 da CAR (Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional) para Qualificação de Agroindústrias, e passou por todas as etapas. Agora só resta receber a quantia requisitada para fazer as melhorias necessárias. Segundo Luiz Cravo, coordenador do Cesol Sertão Produtivo, a associação pode avançar mais. “Por necessidade, a Bahia inteira precisa, tem mais de mil grupos por aí precisando dos mesmos equipamentos que vocês estão. O que mais conta é saber se os grupos têm essa base, que a gente chama de base social, que é essa vontade que vocês têm, essa trajetória, esse empenho que vocês têm”, concluiu.
A coordenadora da Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda (SETRE), Albene Piau também esteve presente e a coordenadora de produação da associação contou, brevemente, o início desta jornada. Segundo Arlene Rodrigues, no começo, que nunca é fácil, pensaram em desistir. Mas ela, confiando no apoio do Cesol pediu para perseverarem. Confira o breve relato:
“Aí falei: Mainha, a senhora não para, continua... E a gente continuou os acompanhamentos que tinha com o Cesol. As meninas sempre vinham, tiravam fotos. O espaço era aqui, mas remodelamos. Era terra, tinha um forno. Só tinha organização mesmo. Aí a nutricionista veio... No final ela foi passando as fotos no slide. Ela falou: se fosse eu, não compraria bolo nesse lugar... Eu fiquei olhando sem saber onde era, e era aqui. Aquilo me comoveu muito… O Cesol continuou ajudando a gente, a nutricionista também. E com ajuda das mulheres, a gente conseguiu, como meu pai doou o espaço a gente conseguiu montar isso aqui. E a gente está nesse ponto aqui hoje por conta do Cesol”, concluiu.
O avanço da associação foi significativo, passou a vender os produtos para supermercados, feiras livres e a fornecer bolos para merenda escolar. Apenas de agosto a novembro de 2017 conseguiram vender cerca de 18 mil bolinhos de mandioca, tendo um faturamento anual de R$ 33 mil.
Albene Piau avaliou positivamente o trabalho realizado, “são tantos municípios, tantas mulheres, não dá para chegar a todas, mas àquelas que a gente chega e vê o resultado de um trabalho deste a gente volta feliz da vida. Volta com outra perspectiva de dizer assim: vamos continuar lutando para que o Governo tenha recurso suficiente para a gente garantir a continuidade”, disse.