Em Guanambi, Marineide Ribeiro lidera um grupo familiar chamado Flores de Marí, cujo trabalho consiste na produção artesanal de flores ornamentais feitas com espuma vinílica acetinada (EVA). Acompanhada pelo CESOL há seis meses, Marí conta um pouco da sua história e reafirma a importância do Centro Público na alavancada de grupos produtivos familiares.
"Tive uma transformação de vida quando comecei a trabalhar com artesanato. Fiz dois cursos ano passado da Suflores, em que pude aprender a trabalhar com a espuma (EVA), fazendo flores ornamentais. Como estava sem uma ocupação na época, as flores vieram para mudar a minha vida. No início, foi difícil vender, montei uma barraquinha fixa na praça, mas não estava vendendo. Foi quando conheci o CESOL, na I Feira Territorial de Economia Solidária que aconteceu em outuro em Guanambi".
Após contato com o Centro Público, as Flores de Marí ganharam mais força. O grupo recebeu técnicos do CESOL para algumas qualificações, como na área de Contabilidade, Preço, Marca e Etiqueta. Foi realizado também, um Estudo de Viabilidade Econômica (EVE) e o trabalho ainda está sendo executado para fornecer todo o suporte de assistência à comercialização. "Acho o CESOL uma maravilha, me ajudou muito. Todos que vieram contrubuíram de alguma forma. Participei da Feira deste ano já como grupo assessorado e consegui vender razoavelmente bem. A venda é uma luta diária, mas para mim, tem dado certo, aos poucos."
Hoje, Marí produz, juntamente com os filhos que a ajudam, canetas com flores, embalagens de flores para trufas, vasos com arranjos de flores de tamanhos variados, além de roupas de bonecas estilizadas, tudo com a espuma, feito manualmente, do recorte à colagem e modelagem. A venda, que é feita diariamente na praça de Guanambi, será ampliada em breve: "pretendo colocar pessoas para venderem na porta das casas para mim. Hoje já tenho condições de fazer isso, ter pessoas para me ajudar com o meu negócio. Eu mesma vendo na praça, vendo aos casais, afinal, flores despertam sentimentos bons nas pessoas. Esse é um trabalho que faço todos os dias, de dia e de noite, coloco uma música e é como uma terapia, me prende, e é minha diversão, além de ser o fruto de algumas conquistas para mim".
Márcia Soares, Coordenadora Pedagógica do CESOL Sertão Produtivo, que realizou visita ao grupo, comenta: "o artesanato aqui funciona realmente como um trabalho sensível, prazeroso, que trouxe à família uma estabilidade emocional, inclusive. É muito bom ver que o Centro Público contribui para o crescimento deste e de todos os outros grupos assessorados, porque parte da premissa de que o cuidado com as pessoas é que gera o cuidado com o negócio, afinal, sem um não há o outro. Precisamos de pessoas contentes com o que escolheu fazer para realizar trabalhos bem feitos aos olhos como este."
MAIS FOTOS AQUI.